O Facebook é uma rede de relacionamentos interessantíssima que permite a troca de informações e de áreas de interesse. Uma pessoa que gosta de determinado assunto encontrará no Facebook muitas páginas super atualizadas e que são dinâmicas, pois os usuários podem interagir através de comentários e publicações o que enrique de maneira rápida os conteúdos das páginas.
O Facebook permite que você compartilhe informações pessoais como fotos, o que é muito bom quando se tem parentes que residem em cidades distantes, além disso, o “bate-papo” permite uma economia gigante em ligações telefônicas. Se eu fosse ligar para meus parentes que moram em outras cidades com a mesma frequência que me comunico com eles via face minha conta telefônica seria impagável!
Há ainda outras coisas legais no face, mas não falarei mais delas visto que um tem terá suas preferências.
Hoje gostaria de falar FAKEBOOK, o que é o FAKEBOOK? Nada mais é um trocadilho que estou usando para expressar de forma mais lúdica o conteúdo desta mensagem. FAKE no inglês significa FALSO, quando eu utilizo este trocadilho (FAKEBOOK no lugar de Facebook) eu estou me referindo a outra modalidade de uso que a rede social citada tem adquirido, a modalidade da falsidade.
A mídia (meio) e o marketing sempre expressam que o bom na vida é ser feliz e esta felicidade está sempre associada à compra de bens de consumo, tais bens são a medida de visível do sucesso de alguém, quanto mais “coisas” uma pessoa possui mais bem sucedida ela representa ser aos olhos de todos.
O FAKE faz algo semelhante, porém de maneira diferente. Nele o próprio usuário pode criar sua felicidade, como assim? Se você analisar 10 contatos de sua lista de amigos perceberá que todos parecem ser muito felizes, seus álbuns são recheados de fotos que demonstram alegrias. Ali você encontra um mundo perfeito, férias perfeitas, famílias perfeitas, pessoas perfeitas e corpos perfeitos (ainda que tratados com um bom Photoshop).
Além deste fato, se você olha nas “informações” dos amigos você irá identificar interesses em coisas que parecem sensíveis e inteligentes, livros maravilhosos, filosofias muito interessantes e nos murais encontraremos muitas publicações de frases e pensamentos interessantíssimos.
Então qual o problema Lisandro? A questão é que percebo pela prática da convivência com pessoas que não são apenas virtuais, mas que também conheço e convivo na materialidade da vida é que a maior parte dos conteúdos publicados na rede não condiz com a realidade cotidiana das fotos, das informações e das publicações dos murais, a maior parte destes itens citados é fake. A maior parte dos livros que estão indicados nas informações nunca foram ou serão lidos, a maior parte das publicações nos murais são apenas compartilhamentos, coisas copiadas e coladas (por interesse meramente superficial em determinado tema) e as fotos, bem as fotos na maioria das vezes não representa o que as pessoas vivem em sua realidade.
Nesta rede, assim como em outras, todos são felizes, alegres e vencedores. Onde está o outro lado da vida? Onde estão os dias de tristezas, insegurança e solidão? Onde estão as dúvidas e frustrações? Estes elementos raramente aparecem. Qual o motivo? O motivo é que estas redes (que eu gosto e uso muito) quando não compreendidas tornam-se apenas vitrines de uma vida que não se tem. Ali, onde todos aparentam felicidade e inteligência parece que é obrigação e padrão de comportamento fakista seja reproduzido por todos que ingressam no sistema.
Desta forma, se cria um contraste interessante entre quem se é de fato, na vida real e quem se diz que, na virtualidade. Talvez você identifique isto em seu comportamento, talvez você demonstre através da internet uma felicidade recheada de sorrisos e momentos de alegrias capturados por uma máquina digital e rapidamente postado em um álbum virtual que você não sinta. Talvez quando você olha o perfil de seus amigos virtuais você os veja da forma que gostarias de ser, feliz, bem sucedido e com sorrisos maravilhosos e isto lhe causa um comportamento interessante, você fica triste e frustrado consigo mesmo e com sua realidade não tão maravilhosa. Mas então o que você faz? Você atualiza suas informações e rechea novamente seu álbum com uma nova coleção de momentos alegres tentando expressar e encontrar uma felicidade e um sentido para a vida. Derrepente você fica feliz com sua última atualização, mais fotos bonitas, mais frases interessantes e mais informações inteligentes.
Porém, quando você sai da frente do computador e desliga esta vitrine da felicidade, quando você caminha até o banheiro e se olha no espelho e ali diante do próprio reflexo, real e verdadeiro, quando você olha para si mesmo percebe que este você mesmo que está diante de seus olhos talvez seja outra pessoa bem diferente daquela que acabou de ficar “atualizada” no seu perfil, certamente este você real, de carne e osso, com alguns quilinhos a mais, rugas (não maquiadas por efeitos digitais), com uma família que muitas vezes não é aquela retratada, com filhos (ou pais e irmãos) problemáticos, com contas que lhe tiram o sossego e uma saúde que é verdadeiramente frágil neste momento você fica triste e pensa: “bem quem minha vida real poderia ser mais parecida com minha vida virtual”, mas este breve pensamento rapidamente dá lugar a uma melancolia e sensação de vazio. É, nós não somos aqueles seres criados por nós mesmos na frente do computador, bem que gostaríamos de ser, mas aqui fora a vida é outra.
O que fazer então? Excluir minha conta nas redes socias? Não, eu não diria isso, apenas gostaria que todos nós, usuários assíduos destes meios procurássemos ser mais reais. Que pudéssemos ser o que somos e não uma projeção do que gostaríamos de ser. Tente usar o Facebook e não viva no mundo do FAKEBOOK, procure a sinceridade em você e expresse esta pessoa que você é, a verdadeira (talvez não tão bonita) mas apenas você mesmo. Encontre você na vida e encontre você na rede. Não seja uma vitrine de felicidades criadas, mas a pessoa humana que és. Não seja fake apenas mostre sua face.
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