Em 1960 um pastor da Alemanha
Oriental escreveu uma peça chamada O sina
l de Jonas. A última cena representava
o julgamento final. Todos os povos da terra estão reunidos na planície de
Jeosafá aguardando o veredicto de Deus. Eles não aguardam pacificamente, no
entanto; ao contrário, estão reunidos em pequenos grupos, conversando cheios de
indignação. Um dos grupos é um ajuntamento de judeus, facção que conheceu pouca
coisa além de perseguição religiosa, social e política ao longo de sua história.
Entre eles há vítimas dos campos de extermínio nazistas. Confabulando, o grupo
exige saber que direito Deus tem de emitir a sentença deles, em especial um
Deus que habita eternamente na segurança do céu.
Outro grupo é formado por
afro-americanos. Eles também questionam a autoridade do Deus que nunca sentiu
os infortúnios do homem, nunca conheceu a miséria e as profundezas de
degradação humana a que eles foram submetidos nos porções dos navios de
escravos. Um terceiro grupo é composto de pessoas que nasceram de
relacionamentos ilegítimos, tendo sido motivo de piada e de riso durante toda a
vida.
Centenas desses grupos estão
espalhados pela planície: os pobres, os afligidos, os maltratados. Cada grupo
aponta um representante para colocar-se diante do trono de Deus e desafiar seu
direito divino de emitir a sentença sobre seus destinos imortais. Eles se
reúnem em conselho e decidem que esse Deus remoto e distante que nunca
experimentou a agonia humana não é qualificado para assumir a tribuna do
julgamento a não ser que esteja disposto a adentrar o estado sofredor e
humilhado do homem e suportar o que os homens suportaram.
A redação da conclusão final
deles: "Deves nascer judeu; as circunstâncias do teu nascimento devem ser
questionadas; deves ser mal entendido por todos, insultado e zombado por teus
inimigos, traído por teus amigos; deves ser perseguido, espancado e finalmente
morto num lugar público da forma mais humilhante".
Essa é a sentença passada a Deus
pela assembleia. O clamor ergue-se a uma altura febril enquanto aguardam
resposta. Então uma luz brilhante e estonteante ilumina a planície inteira. Um
a um, todos que emitiram sua sentença contra Deus ficam em silencio. Pois,
aparecendo no céu para todo o mundo ver, está a assinatura de Jesus Cristo com
esta inscrição: "Cumpri minha sentença" – (“ESTÁ CONSUMADO”).
Deus cumpriu em SI MESMO a
sentença! E por haver ELE já cumprido em nosso lugar a condenação ELE oferece o
perdão de pecados a todos pecadores!
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