“Todos
vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo
foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem
livre, homem nem mulher; pois todos são
um em Cristo Jesus”. Gálatas 3:26-28

Em nossos
tempos, é possível observar a repetição deste padrão errado de “ajuntamento”, o
mesmo comportamento dos coríntios é recorrente nas igrejas do século 21. As
comunidades cristãs com frequência tem se tornado um clube (ético, moral ou
social) onde os frequentadores tem uma identificação que é delimitada pelos
vínculos de amizade. É possível afirmar que assim como percebemos “muitas
tribos urbanas” que se reúnem em torno de um vínculo cultural assim também
ocorre em muitas congregações. Conhecemos isto como “panelas
(panelinhas)”. Poderíamos definir
“panelinha” como um GRUPO FECHADO de pessoas que dificilmente admitem novos
integrantes e quando o fazem isto ocorre porque estes novos “integrantes”
correspondem ao estilo do grupo. É possível que quem forme “panelas” não o faça
por maldade ou de forma deliberada, este comportamento se tornou algo tão comum
na mente das pessoas que as mesmas já criaram muitos mecanismos de defesa que
justificam a conduta. A expressão “laços de afinidade” define a maior justificativa utilizada por quem pertence a
um GRUPO RESTRITO. É compreensível que haja um desejo de preservação de nichos
afetivos formados ao longo de muito tempo e que se tornam a maior a maior fonte
de RELACIONAMENTO INTERPESSOAL de alguém.
A grande
questão que surge nas Igrejas onde existem “panelas” é que a IGREJA NÃO É LOCAL
DE PANELAS. A Eclésia é o ambiente que admite A TODOS e que promove a
verdadeira COMUNHÃO DE TODOS. No ambiente coletivo cristão ninguém pode se
“sentir excluído” e infelizmente a existência de “grupinhos” faz com que muitas
se sintam “de fora”. Dificilmente todos os cristãos conseguirão estabelecer
vínculos fraternos profundos com os demais, mas o objetivo de todo discípulo
deve ser procurar ter o verdadeiro contato com os irmãos, contato este que
ultrapassa os limites do “domingo à noite”. Ter comunhão é partilhar TUDO com
os demais e não deixar que as diferenças se tornem divergências que atrapalhem
a vida da família da fé!
É tempo
de se procurar um genuíno ESFORÇO para que a verdadeira UNIDADE da Igreja Local
seja alcançada, é tempo de se romper o metal duro que forja a “panela” e
permitir que todo irmão que se achegue à comunidade se sinta muito bem acolhido
e amado pelos demais! É tempo de sermos “mais ECLÉSIA e menos PANELÉSIA”.
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