terça-feira, 17 de julho de 2012

OS MÁRTIRES DO COLISEU – CAPÍTULO 5 Adaptado.

Estou lendo o livro "OS MÁRTIRES DO COLISEU de A. J. O'Reilly e irei publicar (de maneira adaptada e resumida) trechos que eu considerar relevantes. 

OS MÁRTIRES DO COLISEU – CAPÍTULO 5 Adaptado.

O cruel imperador Nero, após atear fogo em Roma para satisfazer a fúria do povo (que procurava um culpado, ou culpados) culpou os cristãos pelo incêndio. Na verdade o inferno começou nesta que foi a primeira grande perseguição a tentar exterminar os seguidores de cristo da face da terra. As pessoas, como que possuídas por demônios, lançaram-se em fúria desu­mana contra os inocentes e indefesos seguidores do Crucificado. A frené­tica resolução de desarraigar o cristianismo começou em Roma e difun­diu-se através de cada província e cidade do Império. Membros da mes­ma comunidade, e até da mesma família, converterem-se em delatores e executores uns dos outros.

"As casas dos cristãos eram deixadas em ruínas; seus bens, pilhados. Seus corpos caiam nas mãos dos ferozes carrascos, que os dilaceravam como bestas selvagens, e arrastavam as mães pelos cabelos através das ruas, insensíveis às súplicas por clemência, viessem elas dos idosos ou daqueles em tenra idade. Os inocentes eram submetidos a tormentos reserva­dos apenas aos mais vis criminosos; os calabouços eram lotados com os habitantes dos lares cristãos, que agora jaziam desolados; os desertos sem caminhos e as cavernas das florestas enchiam-se de fugitivos, cujo único crime fora a adoração a Jesus Cristo. Nesses dias trevosos, filhos traíam os pais, e pais acusavam a própria prole; os servos obtinham a propriedade de seus senhores por denunciá-los, e um irmão buscava o sangue do outro. Nenhuma reivindica­ção ou vínculo de humanidade parecia ser reconhecido, tão completa era a cegueira que a todos acometera, como se fora uma possessão demoníaca. (...)

Os imperadores romanos pensavam não apenas aniquilar o cristianismo, mas apagá-lo da memória humana. Nenhum ato público era permitido em favor dos cristãos; abrigá-los, elogiá-los, ou imaginar que fossem capazes de qualquer coisa grande e nobre, era traição.

As catacumbas são o último memorial dessa época terrível; aquelas cavernas lúgubres e as escuras passagens nas entranhas da terra são o mais precioso registro da Igreja; suas lajes toscas, com a palma e a coroa, falam de aproximadamente um milhão de mártires.

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