quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Deus

Deus.

Este é o tema. Este é o assunto. Deus tema. Deus assunto.

Deus criado. Deus pensado. Deus explicado. Deus teologizado. Deus filosofado. Deus objeto. Deus de estudo. Deus de discussão. Deus de letras. Deus de palavras. Deus de idéias.

Deus segundo o homem. Deus conforme a nossa imagem. Deus de acordo com os tempos. Deus segundo as Eras. Deus de escritores. Deus de doutores. Deus de divinos mestres em divindade.

Deus ensinado. Deus aprendido. Deus exposto em frases. Deus divido em atributos. Deus feito uno pelo fragmentado homo-sistematikus.

Deus livre... Deus preso a si mesmo. Deus? Deus! Deus?! Deus fora...

Deus nas idéias. Deus na cabeça. Deus na mesa de cirurgia de idéias. Cirurgiões de Deus. Deus cadáver. Deus de ontem. Deus da saudade. Deus da tristeza. Deus da vida oca. Deus da depressão. Deus do pânico. Deus do medo. Deus da culpa. Deus das liberdades...

Deus do não. Deus do sim. Deus do quem sabe. Deus do arrependimento. Arrependimento que é mais que Deus. Deus que é mais que arrependimento. Arrependimento que é do homem. Arrependimento que é de Deus. Arrependimento que é de Deus e do homem.

Homem livre. Homem escravo. Deus do homem. Livre segundo o homem. Impedido conforme o Pensamento. Deus que não é visto no que de Deus se pode conhecer... Deus que não é visto onde disse Ser.

Deus sem Deus. Deus sem Mistério. Deus sem Palavra. Deus manco. Deus ajudado. Deus sem voz. Deus falado. Deus em perigo.

Deus salvo por teologia. Deus indegustável. Deus cozido. Deus temperado. Deus servido em bandejas de pensamentos. Deus no tempo. Deus antes. Deus depois. Deus no passado. Deus no presente. Deus no futuro. Deus segundo o homem e o tempo. Tempo no qual Deus tem que caber. Tempo no qual Deus tem que ser explicado. Tempo no qual o Deus segundo o homem existe. Deus comparado. Deus perdido em disputas. Deus ganho em querelas.

Deus assim... Deus me livre!

Caio Fabio

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Inquietude

As vezes me sinto inquieto, me sinto estranho
Não concordo com tanta coisa que percebo
Percebo tanta coisa esquisita.
Sinto o desejo de modificar o que me rodeia
Há tanta hipocrisia, tanta falsidade
É uma sociedade estranha.

Me sinto muitas vezes deslocado
Como se não pertencesse a esta época.
Eu não concordo, Eu não concordo
É um pensamento constante em minha mente
Quero ser diferente, ensinar diferente
É uma inquietude que me consume.

Muitas vezes me acordo pelas madrugadas
Me pego em questões que não deveriam me preocupar
Me ocupar, me pré-ocupar ou mesmo me pós-ocupar.
Penso no mundo e seus problemas
Nas dores que há na existencia, não só nas minhas
Calculo em como ser melhor, para o mundo seja melhor.

As madrugadas, tantas e inquietantes
Com meu cerébro a trabalhar, a meditar
Não tenho as soluções, nem as resoluções
Me ocupo pensando, mesmo que distraidamente
e concluo que a causa destas preocupações não são o meu ser egoísta
Deve ser Deus, agindo em minha alma e me inquietando
com estas inquietudes pelas madrugadas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Filha

Acordas sempre sorrindo
Tua alegria é um simples vestido
Enches meu dia de alegria
Teus passos e dançinhas são lindos

Sempre tens um abraço pronto
És cheia de carinho e beleza
Passas o dia feliz, cantando
Estás crescendo rápido, que encanto!

Eu te amo, filha
E aprendo contigo o poder da felicidade
Quero sempre estar ao teu lado
Acompanhar cada momento teu me realiza
És um presente de Deus
Te amo minha Elisa!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

POÉTICA, Manuel Bandeira, marquei em negrito e itálico o que achei de mais bárbaro e impressionante nas ideias do poeta

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação

sábado, 26 de junho de 2010

C A R O L

Como é bom poder estar contigo
Cada dia, ser mais que um amigo
Ter te visto tão jovem, tão menina
E hoje ao meu lado uma mulher tão linda

Antes falavas puerilmente, suavemente
Hojes falas decididamente, surpreendentemente
Tua beleza cada dia se aprimora
E de ti minha alma mais se enamora

Me dás todos os motivos de alegria
E fazes que meu ser sempre sorria
Com tua pureza, com tua felicidade
Me ensinas o que é viver de verdade

És meu grande amor!!!
És de Deus um grande favor
Obrigado por me amar, por comigo estar
Obrigado por existir, e me fazer tão feliz


Lis Canes
Eu te amo
mesmo que a vida não nos tenha permitido estar juntos
Eu te amo
mesmo quando não segurei sua mão nos momentos de tristeza
Eu te amo
mesmo quando não estavas lá nos acontecimentos alegres
Eu te amo
mesmo quando tudo o que lembro é a ausência de tua presença
Eu te amo
mesmo que não vejas meus primeiros calos brancos ou minhas primeiras rugas
Eu te amo
mesmo que não estejas aqui, mesmo que nunca tenha te sentido perto
Eu te amo
e sempre te amarei pai.


Lis Canes

Os tempos são outros

Nossos heróis morreram de overdose diria Cazuza...
Renato Russo Russo Diria que somos a geração Coca-Cola...
São Paulo Diria para não nos conformarmos com este mundo...
E nós o que diremos?
Qual será o grito desta geração?
Qual será nosso legado em ações e em palavras?
Seremos aqueles que passaram e nada deixaram?
Seremos os inquietos? Ou os acomodados?
Falaremos ou nos calaremos?
Temos do que falar? Ou apenas sobre o que calar?
O tempo vai passando, a vida vai passando
E o que de fato deixaremos como legado?
Qual a mensagem que deixaremos?
Não sei, ainda...
Mas estou pensando sobre isso.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sobre e a respeito de:

Sobre e a respeito de

Sobre e a respeito do que eu escreveria:

Sobre o que há de belo na vida,
e sobre o que há de nem tão belo assim, porém não menos importante!
A respeito das grandes coisas da vida,
e a respeito das pequenas desimportâncias sem as quais não vivemos!

Sobre os maiores amores às pessoas de nossa vida,
e sobre os pequenos "gostares" do cotidiano.
A respeito dos dias inesquecíveis,
e a respeito dos dias rotineiros.

Sobre as grandes figuras da história,
e sobre o desconhecido que passa.
A respeito das maiores ideias,
e a respeito dos pensamentos mais simples.

Sobre o que tiver vontade,
e sobre o que me inspirar.
A respeito de mim,
e a respeito do que eu desejar.

Na semana dos "namorados", deixo um texto para minha amada!

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

Na semana dos "namorados", deixo um texto para minha amada!

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Deus existe?

Alemanha, Inicio do século XX. Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim, desafiou os seus alunos com esta pergunta:

- Deus fez tudo que existe?

Um estudante respondeu corajosamente:

- Sim, fez!

- Deus fez tudo, mesmo?

- Sim, professor. - respondeu o jovem.

- Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas acções são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau.

O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito. Outro estudante levantou sua mão e disse:

- Posso lhe fazer uma pergunta, professor?

- Sem dúvida - respondeu o professor.

- Professor, o frio existe?

- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?

- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objecto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.

E continuou o estudante:

- E a escuridão, existe?

O professor respondeu:

- Mas é claro que sim.

- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:

- Diga, professor, o mal existe?

- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.

- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.

O professor sentou-se.
O nome daquele jovem? Albert Einstein.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O “JESUS” QUE JESUS NÃO CONHECE!

O “JESUS” QUE JESUS NÃO CONHECE! O “JESUS” QUE JESUS NÃO CONHECE! Todos os dias encontro pessoas que vivem como bem entendem, mas desejam assim mesmo as bênçãos do Evangelho.

O ardil é simples:

A pessoa não lê a Palavra [exceto em reuniões públicas e a fim de basear o discurso de algum pregador], não conhece Jesus [exceto como nome poderoso nas bocas dos faladores de Deus], não ora [exceto dando gritos de apoio às orações coletivas], não pratica a Palavra [exceto a palavra do profeta do grupo, ou do bispo ou autoridade religiosa da prosperidade ou da maldição], não se compromete com o Evangelho [exceto como dízimo e dinheiro no “Banco de Deus”: a “igreja”]; e, de Jesus, nada sabe; pois, de fato, nada Dele experimenta [exceto como medo].

Entretanto, a pessoa fica pensando que o Evangelho que ela nem sabe o que é haverá de abençoá-la em razão de que ela está sempre no “endereço de Deus”: o templo da “igreja”.

Assim, vivem como pagãos em nome “de um certo Jesus” que não é Jesus conforme o Evangelho; e, mesmo assim, seguem “um evangelho” que não é Evangelho, para, então, depois de um tempo, acharem que o Evangelho não tem poder, posto que acham que já o provaram e de nada adiantou; sem saberem que de fato deram suas vidas a uma miragem, a um estelionato, a uma fantasia de “Deus”.

Milhões pronunciam o nome de Jesus, mas poucos o conhecem numa relação pessoal!

Na realidade o que vejo são pessoas estudando teologia sem conhecerem a Deus; entregando-se ao ministério sem experiência do amor de Deus em si mesmas; brigando pela “igreja” [como grupo de afinidades] sem amarem o Corpo de Cristo em seu real significado; pregando “a mensagem da visão da igreja” julgando que tem algo a ver com a Palavra de Jesus [apenas porque o nome “Jesus” recheia os discursos].

E mais: os que aparentemente sabem o que é o Evangelho e quais são as suas implicações, ou não querem as implicações para as suas vidas pessoais, ou, em outras ocasiões, não querem a sua pratica em razão de que ela acabaria com o “poder” de bruxos que exercem sobre o povo.

Assim, vão se enganando enquanto enganam!

O final é trágico: vivem sem Deus e ensinam as pessoas a viverem na mesma aridez sem Deus na vida!

O amor à Bíblia como livro mágico acabou com o amor à Palavra como espírito e vida!

Não se lê mais a Palavra. As pessoas levam a Bíblia aos “cultos” apenas para figurar na coreografia e na cenografia da reunião — nada mais!

Oração em casa, sozinho, com a porta fechada, e como algo do amor e da intimidade com Deus, quase mais ninguém pratica!

Ora, enquanto as pessoas não voltarem a ler a Palavra, especialmente o Novo Testamento, jamais crescerão em entendimento e jamais provarão o beneficio do Evangelho como Boa Nova em suas vidas.

Há até os que depois de um tempo julgam que o Evangelho é fracassado em razão da “igreja” estar fracassada.

Para tais pessoas a “igreja” não é apenas a “representante de Deus”, mas, também, é o próprio Evangelho!

Que tragédia: um Deus que se faz representar pelo coletivo da doença do “Cristianismo” e que tem “igreja” a encarnação de um evangelho que é a própria negação do ensino de Jesus!

O que esperar como bem para tal povo?

Ora, se não tiverem o entendimento aberto, o que lhes aguarda é apenas frustração, tristeza e profundo cinismo.

Quem puder entender o que aqui digo, faço-o para o seu próprio bem!

Caio Fabio