sábado, 2 de maio de 2015

O cristão pagão...




O CRISTÃO que se comporta e vive como PAGÃO não é o PADRÃO indicado pelas
Escrituras de como se deve viver! O pagão age e vive conforme o padrão estabelecido pelo mundo, ele tem a sua própria norma de pensamento e conduta, é um autônomo. Para o pagão viver em busca de SATISFAÇÃO dos próprios desejos e prazeres é o alvo de sua existência. O pagão vive para o AQUI e AGORA. O pagão se sente confortável no mundo e se pudesse viveria para sempre no mundo!

O cristão procura imitar a Cristo e busca sempre uma vida de santificação e separação dos padrões estabelecidos pelo seu tempo (“o mundo”). O cristão vive para trazer SATISFAÇÃO  à Cristo e lembra-se constantemente que o plano de Jesus para sua vida é o alvo de sua existência! O cristão também vive aqui e agora, mas tem seu coração focado na eternidade, o cristão não se sente confortável no mundo e faz tudo o que pode para sinalizar ao mundo o Reino de Deus e o arrependimento dos pecadores. O cristão sabe que é um peregrino em missão e vive cada dia procurando a comunhão com o Salvador! 

O cristão que vive como pagão olha para seu companheiro (amigo, familiar ou colega que ainda não encontrou a salvação e corre sério risco de ir para o inferno por toda a eternidade) sorri e brinca como se jamais o DIA DO JUÍZO fosse chegar. Não há no coração do cristão que vive como pagão o senso de urgência em anunciar as Boas Novas aos seus companheiros, ele pensa que está tudo bem, sempre, e não consegue se compadecer de uma alma que corre sério risco de perecer! O cristão que vive como cristão lembra-se sempre que Cristo o comissionou a ser uma testemunha entre todos, sempre! Ele não apenas se identifica como alguém que pratica a religião do Crucificado, mas anuncia a mensagem da cruz e fala sempre da urgência da conversão dos perdidos. O cristão é simples, claro e direto em demonstrar a obra de Jesus e a necessidade urgente do homem em responder à Graça de Deus! Ele fala sem rodeios sobre o que Jesus fez em benefício dos pecadores e convida seus companheiros a se tornarem mais um peregrino, assim como ele próprio o é!

Que você possa ser e viver como um CRISTÃO CRISTÃO e não como um CRISTÃO PAGÃO!

“Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.”
Romanos 12.1-2

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A ECLÉSIA E A PANELÉSIA

Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus”. Gálatas 3:26-28

A palavra “Eclésia” tem sido utilizada no Novo Testamento para identificar a “Igreja”. Muitas vezes este termo está se referindo à “reunião cristã que tinha por objetivo adorar a Deus, celebrar as ordenanças (batismo e ceia), proporcionar o ensino da Palavra de Deus, anunciar aos perdidos o Evangelho e promover o cuidado mútuo entre os irmãos”. Nesta reunião existia uma AMPLA COMUNHÃO que acolhia a TODOS e não limitava o amor e o serviço aos “mais chegados entre os irmãos”. A Igreja era um lugar que ACOLHIA A TODOS sem distinção e a TODOS oferecia o AMOR de Cristo. As palavras de Paulo aos Gálatas (Gálatas 3.26-28) expressam esta verdade “TODOS SÃO UM EM CRISTO” não havendo distinções de raça, condição social, etnia ou gênero. Em Atos encontramos o registro de como convivia a comunidade cristã que se iniciou nos primeiros anos do cristianismo “PERSEVERAVAM NA COMUNHÃO”. Certamente que nem todas as comunidades conseguiram expressar este espírito amoroso de fraternidade universal. Paulo censurou a igreja de Corinto porque entre eles “havia divisões” (I Coríntios 11.18). O apóstolo censurou duramente este comportamento da comunidade de Corinto.

Em nossos tempos, é possível observar a repetição deste padrão errado de “ajuntamento”, o mesmo comportamento dos coríntios é recorrente nas igrejas do século 21. As comunidades cristãs com frequência tem se tornado um clube (ético, moral ou social) onde os frequentadores tem uma identificação que é delimitada pelos vínculos de amizade. É possível afirmar que assim como percebemos “muitas tribos urbanas” que se reúnem em torno de um vínculo cultural assim também ocorre em muitas congregações. Conhecemos isto como “panelas (panelinhas)”.  Poderíamos definir “panelinha” como um GRUPO FECHADO de pessoas que dificilmente admitem novos integrantes e quando o fazem isto ocorre porque estes novos “integrantes” correspondem ao estilo do grupo. É possível que quem forme “panelas” não o faça por maldade ou de forma deliberada, este comportamento se tornou algo tão comum na mente das pessoas que as mesmas já criaram muitos mecanismos de defesa que justificam a conduta. A expressão “laços de afinidade” define a maior  justificativa utilizada por quem pertence a um GRUPO RESTRITO. É compreensível que haja um desejo de preservação de nichos afetivos formados ao longo de muito tempo e que se tornam a maior a maior fonte de RELACIONAMENTO INTERPESSOAL de alguém. 

A grande questão que surge nas Igrejas onde existem “panelas” é que a IGREJA NÃO É LOCAL DE PANELAS. A Eclésia é o ambiente que admite A TODOS e que promove a verdadeira COMUNHÃO DE TODOS. No ambiente coletivo cristão ninguém pode se “sentir excluído” e infelizmente a existência de “grupinhos” faz com que muitas se sintam “de fora”. Dificilmente todos os cristãos conseguirão estabelecer vínculos fraternos profundos com os demais, mas o objetivo de todo discípulo deve ser procurar ter o verdadeiro contato com os irmãos, contato este que ultrapassa os limites do “domingo à noite”. Ter comunhão é partilhar TUDO com os demais e não deixar que as diferenças se tornem divergências que atrapalhem a vida da família da fé! 

É tempo de se procurar um genuíno ESFORÇO para que a verdadeira UNIDADE da Igreja Local seja alcançada, é tempo de se romper o metal duro que forja a “panela” e permitir que todo irmão que se achegue à comunidade se sinta muito bem acolhido e amado pelos demais! É tempo de sermos “mais ECLÉSIA e menos PANELÉSIA”.